A nota enviada anteriormente contém um erro no terceiro parágrafo. Após emitir comunicado, o Santos revelou ter incluído equivocadamente duas testemunhas na lista de detidos. No total, foram apenas cinco detidos. Segue a versão corrigida:
O Santos repudiou nesta quinta-feira a violência protagonizada por alguns dos seus torcedores durante e ao fim do clássico com o Corinthians, na noite de quarta, pela volta das oitavas de final da Copa do Brasil. Em comunicado, a diretoria santista identificou os torcedores detidos pela polícia, prometeu expulsar um deles do quadro de sócios e avisou que poderá tomar medidas judiciais contra eles.
O clube classificou este grupo de "vândalos travestidos de torcedores" e "marginais". "O Santos FC lamenta os fatos ocorridos ao final da partida contra o Corinthians, na noite de quarta-feira (13), na Vila Belmiro. O Clube não pode compactuar com atitudes agressivas, contra tudo o que o esporte prega, e lamenta ter sido palco para que vândalos travestidos de torcedores agissem como marginais."
No comunicado, o clube citou nominalmente cada um dos cinco torcedores detidos pela Polícia Militar: Leonardo Valeriano de Souza, Lucas da Silva Ramos, Cristopher Barbosa Barcelos, Matheus da Silva Pereira e Gabriel Andrade dos Santos. Inicialmente, o clube havia divulgado lista com sete torcedores detidos, mas dois deles eram apenas testemunhas.
Mais cedo, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo já havia enviado ao <b>Estadão</b> nota apontando apenas cinco torcedores detidos após a confusão na Vila Belmiro. "Cinco homens, com idades entre 20 e 33 anos, foram detidos após uma confusão no campo de um estádio de futebol, por volta das 23h09, de quarta-feira (13), no bairro Vila Belmiro, em Santos, litoral paulista. Os autores foram conduzidos ao plantão judiciário da 6ª Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (DRADE), onde foi registrado um Termo Circunstanciado como promover tumulto."
Da lista citada pelo Santos, Gabriel Andrade dos Santos pertence ao quadro de sócios, mas o clube avisou que vai iniciar procedimento para expulsá-lo. Além disso, o Santos prometeu acionar a Justiça. "Eventuais danos financeiros que o Clube venha a sofrer, em razão dessa ocorrência, serão cobrados judicialmente dos infratores."
O Santos citou ainda possível "aplicação de pena restritiva de direitos aos mesmos, consistente em multa pecuniária em favor do Estado, denúncia junto ao Ministério Público". Por fim, o clube pediu desculpas aos seus torcedores e aos jogadores do Corinthians. "O Santos FC se desculpa com toda a sua torcida, com os atletas do time adversário, com a CBF e com o público em geral que assistiu a esses atos inaceitáveis."
As atitudes violentas dos torcedores santistas na Vila Belmiro tiveram início ainda durante a partida, vencida pelo Santos por 1 a 0, resultado insuficiente para reverter a goleada de 4 a 0 que o Corinthians conquistou no jogo de ida.
De acordo com a súmula do jogo, santistas arremessaram sinalizadores e bombas na área do Corinthians, próximo ao goleiro Cássio, durante o segundo tempo e ao fim do confronto. O jogo chegou a ser paralisado por quatro minutos na etapa final em razão dos sinalizadores arremessados no gramado.
Logo após o apito final, um torcedor invadiu o gramado e tentou acertar uma "voadora" nas costas de Cássio, que foi parcialmente protegido por Marcos Leonardo, atacante do Santos. A agressão também foi registrada pelo árbitro Jean Pierre Gonçalves Lima na súmula da partida.
Apesar da eliminação na Copa do Brasil, o Santos poderá sofrer punições no âmbito esportivo a serem cumpridas no Brasileirão, com perda de campo de campo de até 10 jogos. Há o risco ainda de multa, que pode atingir R$ 100 mil.