Marcado pelo fim do superciclo das commodities e por muita turbulência na indústria de mineração, o período de Murilo Ferreira frente à Vale não foi dos mais fáceis. O executivo enfrentou queda dos preços do minério de ferro aumento da oferta global e o primeiro prejuízo anual da mineradora desde a privatização, em 1997.
Para combater esse cenário, apostou em uma gestão conservadora, com corte de custos e um plano de desinvestimento de US$ 15 bilhões para fazer frente às dívidas da companhia.
Em relatório, o BTG Pactual aponta como “grandes realizações” do executivo o corte dramático de custos e despesas, a entrega de um dos maiores projetos da empresa (a mina de minério de minério de ferro S11D, no Pará), melhorias de governança e a disciplina de capital. “Independentemente do novo nome e contexto, acreditamos que o foco estratégico de desalavancagem e disciplina será inalterado”, diz o texto.
Para o Bank of America Merrill Lynch, a empresa trocou a estratégia de ser a maior mineradora do mundo pelo foco na rentabilidade.
Segundo o banco, Ferreira foi importante na renovação do acordo de acionistas que
acarretará a unificação das ações da Vale e a pulverização do controle da companhia.