O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou na noite desta segunda-feira, 18, que o corte de despesas planejado pela equipe econômica é uma “disciplina nas despesas discricionárias” e que o número em estudo vai provar que o governo “está respeitando todas as suas responsabilidades e cortando na carne”.
Ainda segundo Levy, o objetivo é o de que sejam retomados os mesmos níveis de gastos discricionários de 2013, que foi de R$ 227 bilhões. “Na medida em que 2014 foi um ano de certo excesso, o que levou a um déficit primário, e não queremos repetir isso, estamos voltando para (os níveis de) 2013, que foi relativamente de expansão”, afirmou Levy.
O ministro disse ainda que está em andamento o esforço para arrumar a economia, o que é “essencial para a gente avançar no ajuste e preparar as condições para o Brasil voltar a crescer e para a gente ter geração de emprego”, afirmou. “Quanto mais rápido a gente concluir isso (ajuste), mais a gente vai poder falar das concessões, das novas estradas, da ampliação de portos e aeroportos, tudo isso que faz a economia se mover.”
Questionado sobre possíveis aumentos de tributos, Levy alegou que é preciso garantir o equilíbrio fiscal, lembrando que a lei obriga o governo a tomar medidas quando as receitas se mostram insuficientes.
“Se verificarmos que a receita não comporta o cumprimento da meta (fiscal), a gente toma medidas. E temos de avaliar se é questão de ampliar ainda mais os cortes ou que outra medida temos que fazer. Isso é tranquilo e é o que a lei manda”, concluiu.
Mais cedo, Levy havia adiantado que o bloqueio de despesas no Orçamento deve variar entre R$ 70 bilhões e R$ 80 bilhões.