Vice-presidente para Política Monetária do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Ben Broadbent afirma que uma política de relaxamento monetário "em algum momento neste ano" é a direção mais provável para o banco central neste ano. Segundo ele, caso isso se confirme, o ritmo de qualquer ajuste "pode apenas depender da evolução no momento dos dados econômicos", em particular de três conjuntos deles: "o nível de aperto do mercado de trabalho, o crescimento do salário e a inflação de serviços".
Broadbent diz que o conselho do BoE presta bastante atenção a esses três conjuntos de fatores. As declarações constam de relatório preparado pelo dirigente para o Comitê do Tesouro do Parlamento britânico. O documento é datado de 9 de fevereiro, mas foi publicado apenas nesta terça-feira, 20, pelo BC do país.
O vice do BoE destaca que a inflação "tem desacelerado fortemente nos últimos meses" no Reino Unido. Por enquanto, porém, o comando do banco central considera que a política monetária precisa continuar a ser restritiva. "Qualquer redução nas taxas dependerá de mais evidência de que componentes mais persistentes, domésticos da inflação estão no caminho de baixa de modo sustentável", avaliou.
Broadbent afirma que o BoE tem se concentrado mais nos componentes "mais persistentes da inflação", como serviços e salários. "Mas parece que eles também podem ter atingido o pico", avalia. Ele também menciona que a gradual redução no nível de aperto no mercado de trabalho é uma indicação de que a política monetária está neste momento restritiva.