Estadão

Cortes de juros estão cada vez mais próximos, mas ainda não é o momento, diz Huw Pill, do BoE

Economista-chefe do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Huw Pill expressou preocupação com o cenário macroeconômico do Reino Unido, durante discurso em evento do câmpus de negócios da Universidade de Chicago, em Londres. De acordo com Pill, dados recentes ainda não demonstram progresso "substancial" na redução do núcleo da inflação e, portanto, não justificam mudanças na política monetária – incluindo cortes de juros – neste momento.

"A perspectiva de cortes de juros está mais próxima do que estava oito semanas atrás, mas ainda há longo caminho a seguir", afirmou o economista-chefe do BoE, frisando a necessidade de uma postura cautelosa. "A persistência da inflação no Reino Unido ainda está relativamente alta e precisamos manter certo nível restritivo na política monetária para controlar os preços".

No entanto, Pill evitou projetar uma data ou uma meta para que os cortes fossem possíveis. "Não acredito que temos que esperar números exatos, por exemplo, até a inflação estar em 2% ou abaixo, mas precisamos garantir que todos os fatores apontem para a estabilidade de preços", disse.

Entre esses fatores, o dirigente destacou catalisadores domésticos, como a persistência da inflação de serviços, o avanço salarial e o aperto do mercado de trabalho.

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