O Grupo Cosan, de Rubens Ometto, ontem a venda de uma fatia não revelada na Radar – empresa de terras do grupo – por R$ 1,06 bilhão à Mansilla Participações Ltda., veículo de investimentos do fundo de pensão dos professores americanos (Tiaa, na sigla em inglês). A Mansilla já era acionista da companhia.
Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa informa ainda que manterá uma participação em ações ordinárias na Radar, em função de sua importância para o setor. “O fechamento definitivo da operação está condicionado à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade)”, afirma o texto.
Segundo informações do site da Cosan, a Radar tem hoje mais de 550 propriedades espalhadas nos Estados de São Paulo, Goiás, Piauí, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Minas Gerais, Tocantins e Bahia. Sediada em São Paulo, tem escritórios regionais em Piracicaba (SP), Jaú (SP), Diamantino (MT) e Balsas (MA). O portfólio da Radar valeria hoje R$ 5,2 bilhões, segundo a empresa.
Além de comprar terras, a Radar também ficou conhecida no mercado por aplicar tecnologia na gestão de suas fazendas. De acordo com a companhia, o total investido +pelos sócios /+no negócio é de aproximadamente R$ 2,9 bilhões.
Diversificação
A Radar faz parte da estratégia de diversificação do portfólio do Grupo Cosan. Além de ser dona de ativos no setor de açúcar e álcool, o grupo de Ometto também é sócio da Raízen (joint venture com a Shell, que tem a licença da marca holandesa no Brasil) e da Rumo-ALL, que se formou após o negócio original de logística ferroviária do grupo (a Rumo) ser unido à América Latina Logística.
A Cosan estaria também de olho em novas oportunidades de expansão. Ometto já declarou ter interesse, por exemplo, em ativos que a Petrobrás colocar à venda.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.