Um dia depois de Zinedine Zidane ter surpreendido o mundo ao anunciar o seu pedido de demissão do Real Madrid, poucos dias depois de o francês conduzir o time ao histórico tricampeonato europeu, Mauricio Pochettino e Joachim Löw se manifestaram publicamente nesta sexta-feira para negar que exista a possibilidade de um deles assumir o posto de técnico que acaba de ficar vago no clube espanhol.
Atual treinador do Tottenham, Pochettino falou sobre o assunto em Barcelona, onde participou do lançamento de um livro dedicado a ele. No evento, o comandante argentino ressaltou que pretende cumprir o novo contrato recém-assinado com o clube inglês.
“Tenho um compromisso de cinco anos com o Tottenham. Estou muito feliz de estar lá. Meu compromisso é máximo”, avisou o treinador, que acertou uma renovação contratual com a equipe de Londres na semana passada.
Técnico da seleção da Alemanha, Löw abordou este tema envolvendo o Real Madrid durante mais um dia do período de preparação que o time nacional realiza em Eppan, na Itália, visando a Copa do Mundo da Rússia, que começa no dia 14 de junho. O comandante disse que a escolha do novo treinador da equipe espanhola “não é uma questão” relacionada a ele e que no momento está focado apenas no Mundial.
“O Real Madrid encontrará seguramente um muito, muito bom substituto para Zinedine Zidane. Seu pedido de demissão me surpreendeu um pouco, mas ele é quem está em melhor posição para analisar se o time alcançou o seu ponto máximo (de rendimento e metas a serem alcançadas sob o seu comando). Se ele sente que chegou o momento de sair, tenho de respeitá-lo”, afirmou Löw, que defenderá na Rússia o título que a seleção alemã conquistou na Copa de 2014, realizada no Brasil.
O presidente do Real, Florentino Pérez, supostamente estaria considerando como opções para o lugar do treinador o italiano Antonio Conte, do Chelsea, e o francês Arsène Wenger, que deixou recentemente o Arsenal após 22 anos à frente da equipe inglesa. Na última quinta-feira, na mesma coletiva de imprensa na qual Zidane anunciou sua demissão, o dirigente admitiu que a decisão tomada pelo astro foi “totalmente inesperada” e lamentou a saída do comandante.
Ídolo do Real como jogador, o francês de 45 anos fez história como técnico do Real ao conquistar nove títulos após assumir o comando do time no início de 2016. Além de ganhar três títulos seguidos da Liga dos Campeões, feito inédito para um treinador na competição, faturou um Campeonato Espanhol, uma Supercopa da Espanha, duas Supercopas da Europa e dois Mundiais de Clubes da Fifa.