O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), anunciou nesta terça-feira, 30, novas medidas para combater a pandemia do coronavírus na capital, com a ampliação de auxílios sociais, como a distribuição de cestas básicas, marmitas e refeições, além da criação de quase 10 mil novas vagas de trabalho. Ao todo, ele afirma que a cidade terá um investimento de quase R$ 2,8 bilhões em programas sociais para auxiliar a população afetada economicamente pela pandemia.
A renda básica emergencial de R$ 100 paga pela Prefeitura será mantida até maio. Enquanto o cartão merenda, que varia de R$ 55 a 101, deve atender um total de 1.039.387 alunos a partir do próximo mês. De acordo com Covas, também há a previsão de atender outras 500 mulheres vítimas de violência com o auxílio aluguel de R$ 400. Ele ainda anunciou que serão abertas 9.919 vagas de trabalho na capital.
Medidas de assistência como a distribuição de cafés da manhã, marmitas, cestas básicas e refeições serão mantidas e ampliadas ao longo do próximo mês. A Prefeitura estima que atingirá um total de quase 84 mil refeições distribuídas diariamente até abril, quando considerados os meses anteriores. Covas também anunciou a abertura de 130 vagas em hotéis e casas de acolhimentos para idosos em situação de rua.
<b>Recesso</b>
Durante a coletiva, o prefeito evitou avaliar o impacto do feriado prolongado na transmissão do coronavírus na capital, afirmando que "ainda é cedo" para fazer um balanço exato sobre o aumento ou diminuição de casos e mortes. "Neste fim de semana, tivemos uma manutenção nos 90% da ocupação de leitos de UTI na cidade, sem crescimento, o que já é uma boa notícia", disse.
A capital paulista está até o próximo dia 4 em um recesso prolongado, após o prefeito ter antecipado cinco feriados municipais com o objetivo de diminuir a circulação de pessoas na cidade. Outros municípios da região metropolitana seguiram as mesmas medidas, enquanto as cidades litorâneas de São Paulo tiveram que reforçar a fiscalização para impedir o fluxo excessivo de turistas.
No último dia 18, a cidade de São Paulo teve a primeira morte de um paciente do coronavírus por falta de atendimento. A vítima era um rapaz de 22 anos, com obesidade, e a vaga de UTI que ele pleiteava foi liberada 19 minutos após o falecimento.