As cozinheiras das escolas municipais entrarão em greve na próxima segunda-feira. A decisão saiu em assembleia no Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública Municipal (Stap), anteontem, após fracassos nas negociações com a Prefeitura de um plano de carreira, insalubridade e reajuste salarial para a categoria.
Segundo o diretor de Educação do Stap, Ricardo da Silva, há cerca de 800 cozinheiras na Prefeitura e mais de 80% devem aderir a greve. "Simplesmente o Governo ainda não se manifestou. Vamos seguir os trâmites legais de esperar 72 horas para começar a paralisação. Aguardamos que haja novidades nas negociações", afirma.
O Stap quer insalubridade _ um adicional de 20% no salário _ para todas as cozinheiras, elevação de salário de R$ 1.036 para R$ 1.260 e um plano de carreira. No ano passado foi aprovado um plano de carreira para a Educação, mas atingiu somente o magistério, o que inclui professores, pedagogos e diretores. Os demais funcionários das escolas não tiveram gratificações.
Em nota, a Secretaria de Administração e Modernização afirma que não houve notificação do Stap até a tarde de ontem sobre a decisão da greve. Esse comunicado, com base na legislação trabalhista, deve ser emitido até 72 horas antes do inicio do movimento. O secretário de Administração e Modernização, Marco Arroyo, considera um equívoco uma greve quando ainda está em andamento o processo de negociação.
Segundo a secretaria, as cozinheiras alegam sobrecarga de trabalho, se contradiz ao declarar uma greve, já que enquanto ela durar os trabalhadores deverão garantir a prestação do serviço contínuo com apenas um terço do pessoal em todas as escolas. "Consideramos ainda errada a decisão de punir a população com a paralisação de um serviço essencial para a saúde e o bem-estar das crianças que estudam na rede municipal", diz a nota.