Cidades

Cozinheiras de escolas municipais ameaçam greve

Mães de alunos destacam importância da merenda e apoiam manifestação

Sem reajuste salarial há dois anos, com acúmulos de funções, redução de benefícios e sem respostas da Prefeitura, as cozinheiras responsáveis pela merenda das escolas da rede municipal de ensino ameaçam paralisação das atividades.

De acordo com a cozinheira Magda Luciana Soares, 40 anos, que faz parte da comissão da classe que está em discussão com a Prefeitura e o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública Municipal (Stap), uma reunião chegou a ser agendada com o secretário de Educação, Moacir de Souza, mas foi desmarcada e não tem previsão para acontecer.

Outra cozinheira, Mirian Ferreira, 47 anos, destaca que a discussão com a Prefeitura já ultrapassa um ano e nada é resolvido. "Sofremos com o descaso da administração pública. Cuidar da alimentação das crianças é um papel importante, mas a Educação se preocupa apenas em abrir novas escolas, e nós continuamos nesta situação", frisou. As mães dos alunos da rede pública também destacam a importância da merenda e apóio a manifestação das cozinheiras por direitos trabalhistas.

Adesão – O presidente do Stap, Jair Lima, explica que as reivindicações da classe foram entregues à administração pública na semana passada, porém não houve devolutiva. Ele estima que a cidade tenha cerca de 700 cozinheiras nas escolas da rede municipal. Magda destaca que há adesão de aproximadamente 70% da classe para a paralisação. As trabalhadoras, que aguardam um parecer da Prefeitura ainda hoje, devem se reunir na próxima segunda-feira para definir se haverá greve.

O secretário de Administração e Modernização, Marco Arroyo, também presidente da Comissão Permanente de Negociação (CPN), informou, por meio da assessoria de imprensa, que se reunirá com a Secretaria de Educação para examinar as propostas. Não foram mencionadas previsões.

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