Cidades

Cozinheiras voltam ao trabalho nesta quarta à espera de propostas

Movimento, que teve início na segunda-feira, não descarta nova paralisação

Depois de dois dias de paralisação das cozinheiras, com 70% de adesão da classe, a Prefeitura deve apresentar cronograma com prazos para as reivindicações em reunião, marcada para hoje, com a comissão de trabalhadoras e o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Municipal (Stap). Os servidores podem retomar a greve caso não esteja de acordo com a contra proposta.

Nesta terça-feira, cerca de 300 cozinheiras realizaram nova manifestação com panelas, apitos e nariz de palhaço, desta vez em frente ao Paço Municipal. A greve teve início na segunda-feira, pela falta de posicionamento da Prefeitura quanto ao reajuste salarial de R$ 1.039 para R$ 1.378, além de insalubridade para todas as trabalhadoras e inclusão no plano de carreira da Educação. O desvio de funções também influenciou para a aprovação da paralisação.

A direção do Stap informou que Comissão Permanente de Negociação (CPN) se comprometeu a apresentar os prazos e o cronograma da contra proposta. As trabalhadoras decidirão se a proposta será aceita em uma reunião no sindicato ainda nesta noite. Caso a classe não aprove o cronograma, a greve será retomada. Embora a Secretaria da Educação tenha alegado que os alunos matriculados nas escolas municipais receberam merenda mesmo com a greve, a reportagem apurou que em diversos colégios as crianças ficaram sem a alimentação oficial e comeram apenas bolachas.

Depoimentos

"A greve foi a única alternativa que tivemos para conseguir o que é nosso por direito".
Cleusa Aparecida Conceição, 57 anos, cozinheira.

"A greve aconteceu, pois a Prefeitura se esqueceu das cozinheiras".
Miraneide Batista, 38 anos, cozinheira.

Posso ajudar?