Economia

CPFL afirma que preços de novo leilão de energia são mais realistas

O presidente da CPFL Energia, André Dorf, disse na quinta-feira, 15, que o novo preço estabelecido para a distribuidora goiana Celg D é mais realista e representa um avanço em relação ao leilão anterior. Entretanto, a participação da companhia no novo leilão ainda depende de uma análise mais profunda. “O preço é mais realista, mas ainda precisamos atualizar as projeções de mercado, sinergias, custo e funding. Ainda não temos uma posição”, disse, em reunião com analistas e investidores. A empresa projeta atualmente um crescimento de 1% para o consumo de energia em 2017.

Na quinta-feira, foi anunciado o novo valor proposto pelo Conselho do Programa de Parcerias de Investimento da Presidência da República (PPI) para a Celg D, de R$ 4,448 bilhões. Ao considerar dívidas e outras obrigações, o valor líquido de 100% da Celg D ficou em R$ 1,792 bilhões. Conforme publicado no Diário Oficial da União, o governo definiu em R$ 1,708 bilhão o preço mínimo de venda.

Dorf salientou que a mudança de controle da companhia, reflexo da venda da participação da Camargo Corrêa para a chinesa State Grid, não paralisa a análise de oportunidades de fusões e aquisições pela CPFL. “Mesmo com a transição do controle, a vida segue para a companhia. Seguimos avaliando a participação em leilões e (outras) oportunidades.”

Operação

A CPFL Energia espera concluir em algumas semanas a operação de compra da AES Sul. A companhia já obteve as aprovações regulatórias da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Agora, tenta concluir a negociação com os credores, incluindo os bancos. A distribuidora gaúcha possui cerca de R$ 1,1 bilhão em dívidas.

Dorf afirmou que só pretende fazer comentários sobre as eventuais sinergias com a AES Sul após a conclusão do negócio. No entanto, como a companhia tem uma área de concessão contígua à da RGE (uma empresa da CPFL), espera-se que o grupo possa obter ganhos de escala com o negócio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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