Economia

CPFL Energia fecha contrato de R$ 174 milhões com WEG para subestações

A CPFL Energia investirá R$ 174 milhões em novas obras de reforço de seu sistema de distribuição em 17 municípios das áreas de suas concessionárias, em São Paulo e Rio Grande do Sul. A companhia assinou um contrato com a WEG para a construção e ampliação de subestações com execução prevista entre março deste ano e o primeiro semestre do ano que vem. O objetivo, explicou o diretor de Engenharia da companhia, Paulo Ricardo Bombassaro, é antecipar-se à necessidade de atendimento ao crescimento da demanda.

Embora o setor elétrico venha reportando queda nos volumes de energia distribuída, em consequência do atual momento de retração econômica, Bombassaro afirma que as áreas que serão beneficiadas com as obras estão apresentando crescimento da demanda. “Neste ambiente de retração, talvez soe estranho executar um contrato como este, mas quando falamos de retração, estamos falando na média do mercado, estas 17 regiões estão acima da média, elas têm um crescimento apontado para breve”, disse.

De acordo com ele, os municípios em questão crescem a taxas entre 3% e 5% ao ano. “São áreas com característica mais industrial, com polos industriais voltados para a exportação”, comentou, citando como exemplo o município gaúcho Flores da Cunha, onde está localizado um polo moveleiro. Além desse município, no Rio Grande do Sul as obras devem ser realizadas também em Alto Feliz. As duas cidades fazem parte da áreas de concessão da RGE.

No Estado de São Paulo, os investimentos serão realizados em Araraquara, Barretos, Bernardino de Campos, Botucatu, Campinas, Ibitinga, Itaí, Itapetininga, Jaguariúna, Jardinópolis, Ribeirão Preto, São José do Rio Pardo, São Miguel Arcanjo, São Simão, Sertãozinho e Sumaré, abrangendo áreas das distribuidoras CPFL Paulista, CPFL Jaguari, CPFL Sul Paulista, CPFL Leste Paulista e CPFL Santa Cruz.

Ao todo, o contrato prevê a construção de cinco subestações e a ampliação de 15 subestações existentes, através da instalação de novos transformadores de potência e equipamentos complementares, que deverão resultar na modernização de sistemas e no aumento da flexibilidade do atendimento e na qualidade do serviço. Quando concluídos, os 20 projetos irão acrescentar 585 MW de potência ao sistema de distribuição do Grupo, o que significa um aumento de 3,9% na capacidade atual do sistema de distribuição da CPFL, que é de 14,7 mil MW (ou 14,7 mil MVA).

Bombassaro comentou que, seguindo seu planejamento, a CPFL já prepara um novo pacote de obras de distribuição, que devem ser contratadas entre o final deste ano e o início de 2017. Segundo ele, até agora a companhia não observou grande alteração no preço do serviço. “O valor do contrato ficou muito próximo do que tínhamos fechado na licitação anterior, a influência da alta no câmbio foi contrabalançada pela queda das commodities”, disse, explicando que como boa parte dos equipamentos são produzidos no Brasil, seus custos oscilam com influência das matérias-primas, como os metais.

A licitação vencida pela WEG foi aberta no segundo semestre do ano passado e o contrato teve anuência da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em 19 de fevereiro. O contrato foi feito pelo regime de empreitada global (turn-key) e a WEG deve buscar subfornecedores para a entrega da obra completa.

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