A CPI da Covid abriu na manhã desta terça-feira, 15, a sessão na qual será ouvido o ex-secretário de Saúde do Estado do Amazonas Marcellus Campêlo. Além de ser questionado sobre o colapso do sistema estadual de saúde registrado no Amazonas no início deste ano, Campêlo também deve responder ao colegiado sobre as supostas fraudes e superfaturamento em contratos no Estado, deflagradas por uma operação da Polícia Federal (PF).
Ele comparece à CPI depois de o governador do Estado, Wilson Lima (PSC), não depor após ser beneficiado por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Campêlo é um dos alvos da operação Sangria, da PF, que apura o desvio de dinheiro do combate à pandemia, a partir de suposta organização criminosa no Amazonas.
Após ser preso devido a operação, Campêlo anunciou seu pedido de exoneração do cargo. Segundo ele, a decisão visava "não deixar qualquer dúvida sobre sua conduta e facilitar ao máximo o acesso das autoridades aos documentos sobre contratos e decisões que tomou à frente do órgão". Ele é suspeito de ter realizado contratações fraudulentas para favorecer empresários locais. As contratações seriam orientadas pelo governo do Amazonas.