Os bancos públicos voltaram a puxar o aumento do estoque de crédito no ano passado, ainda que em um ritmo mais brando do que o visto em 2014. De acordo com dados divulgados nesta quarta-feira, 27, pelo Banco Central, houve avanço de 10,9% em 2015 nesse segmento, para um total de R$ 1,800 trilhão. Apenas em dezembro, o crescimento foi de 1,6% na margem. Estimativa apresentada pelo BC no mês passado apontava para uma taxa de 10%, ante 13% da previsão anterior. Para 2016, a projeção do regulador é de um crescimento de 9%.
Nos privados nacionais, houve recuo de 0,8% no ano, para R$ 945,110 bilhões ante previsão do BC de alta de 1% (revisada em dezembro a partir de 3%). Para 2016, a expectativa é de avanço de 3%. A expansão em dezembro na margem foi de 0,8%.
Já no caso dos bancos estrangeiros, houve alta de 6,9% no ano, para R$ 471,757 bilhões. A alta mensal foi de 1,1%. A estimativa do BC de crescimento desse segmento diminuiu em dezembro de 7% para 6%. Para 2016, a aposta da autoridade monetária é de uma alta de 7%.
A inadimplência nas instituições aumentou 0,7% em 2015 ante 2014, passando de 2,0% para 2,7%. No caso das instituições privadas nacionais, a taxa subiu de 3,7% para 4,5% no ano e, nas estrangeiras, o calote aumentou no período de 3,3% para 3,5%. As provisões também subiram em 2015. Entre os bancos públicos, passou de 3,7% para 4,2%; foi de 6,7% para 8,4% nos nacionais privados; e de 5,3% para 6,1% nos estrangeiros.
BNDES
Os financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para empresas cresceram 1,4% de novembro para dezembro, somando um total de R$ 633,399 bilhões, conforme dados do Banco Central. No ano, a expansão está em 6,4%.
Em dezembro, houve avanço 3,6% nas linhas de capital de giro (R$ 14,041 bilhões), de 1,2% no financiamento ao investimento (R$ 606,166 bilhões) e de 5,1% nas modalidades para o setor rural (R$ 13,192 bilhões) por parte do banco de desenvolvimento.
Para pessoas físicas, o crédito do BNDES avançou 0,9% em dezembro, para R$ 46,095 bilhões. A alta no ano foi de 6,7%.