O Banco do Brasil emprestou mais para a compra de imóveis no segundo trimestre deste ano e seguiu reduzindo a oferta de recursos para a aquisição de veículos na pessoa física. Ao final de junho, a carteira de pessoa física somava R$ 173,036 bilhões, aumento de 2,0% ante março e 7,2% na comparação com 12 meses.
O crédito imobiliário cresceu 12,7% no segundo trimestre em relação ao primeiro e 71,1% em um ano, para R$ 23,5 bilhões. Ao considerar pessoa jurídica, o saldo chegou a R$ 32 bilhões em junho, expansão de 84,5% em 12 meses.
A carteira de crédito a veículo recuou 4,1% no segundo trimestre ante o primeiro e 8,4% em 12 meses, para R$ 33,2 bilhões. Empréstimo pessoal também teve queda, mas só na comparação anual, cujo declínio foi de 1,2%. Ante o primeiro trimestre, foi vista leve alta de 0,1%.
Na outra ponta, consignado avançou 3,1% ante um ano e 1,9% contra março, para R$ 63,4 bilhões. Essa semana, BB e o banco Votorantim anunciaram parceria para atuar neste segmento.
“As linhas de menor risco (Crédito Consignado, CDC Salário, Financiamento de Veículos e Crédito Imobiliário) alcançaram 76,0% do total da carteira, crescimento de 14,3% em doze meses”, destaca o BB, em nota à imprensa.
Já a pessoa jurídica alcançou R$ 335,318 bilhões ao final de junho, aumento de 3,7% ante março e 13,2% em 12 meses. As operações de capital de giro e de investimento, que representam 72,0% do total, obtiveram crescimento de 11,6% e 20,6% em 12 meses, respectivamente.
Apesar de ter ficado levemente abaixo da projeção para sua carteira de crédito, o banco manteve sua projeção para 2014. Os empréstimos subiram 13,8% ao final de junho ante um ano, contra expectativa de alta de 14% a 18%, considerando títulos e valores mobiliários privados e garantias. “O resultado foi impactado pela menor demanda”, justifica o BB.
Na análise por segmentos de crédito, o banco só alcançou o guidance para agronegócio. A carteira subiu 23,7% no primeiro semestre, superando o intervalo de alta de 18% a 22% para este ano. Na pessoa física, o aumento foi de 7,2%, abaixo da faixa de 12% a 16%. Os empréstimos para pessoa jurídica evoluíram 13,2% ante intervalo de crescimento de 14% a 18%.