A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, afirmou nesta quinta-feira, 13, que o crescimento econômico da maior economia do planeta se mostrou "resiliente e forte" nos últimos meses. O mercado de trabalho permanece "saudável", a taxa de desemprego está baixa e a inflação arrefeceu, disse ela, em evento organizado pelo Clube Econômico de Nova York.
Yellen, no entanto, reconheceu que o custo de vida elevado ainda é um desafio, em meio à inflação alta.
Segundo a secretária, controlar os preços é uma das principais prioridades do presidente dos EUA, Joe Biden.
Para Yellen, os Estados Unidos precisam lidar com questões estruturais que contêm o ritmo de crescimento econômico, entre eles a desaceleração do crescimento da produtividade, desigualdades de renda e uma significativa desindustrialização.
<b>Política comercial</b>
A secretária do Tesouro dos Estados Unidos afirmou ainda que o governo norte-americano buscará uma política comercial que beneficia os países que representam países com parceria profunda com Washington, uma prática conhecida pelo termo "friendshoring".
No discurso durante evento do Clube Econômico de Nova York, Yellen explicou que o objetivo é diversificar as cadeias produtivas e apoiar o crescimento econômico de longo prazo. "Isso também cria oportunidades significativas para o nosso setor privado", afirmou.
Yellen acrescentou que a China tem ampliado investimentos de maneira distorcida para alguns setores, o que pode causar turbulências globalmente. "A China não pode presumir que o resto do mundo absorverá rapidamente enormes quantidades de excesso de produção em detrimento das indústrias nacionais de outros países", disse.