A crise no abastecimento que afeta todo o Estado de São Paulo desde meados do ano passado se acirrou com a chegada do verão que, diferente do que se projetava, não trouxe as chuvas que ajudariam a repor parte das perdas dos reservatórios.
Segundo a Sabesp, o índice de chuvas nas represas do Sistema Alto Tietê – que junto ao Cantareira é responsável por 75% da água que abastece Guarulhos – até a manhã deste dia 22 de janeiro era de 42,6 milímetros, menos da metade da mínima histórica do mês, que é de 97,9 mm. O sistema conta com 10,1% da capacidade de armazenamento. No sistema Cantareira, o índice era de 64,3 mm até esta quinta-feira, pouco mais da metade da mínima histórica de 110,6 mm até o fim do mês.
Segundo projeções do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden), caso os índices do volume de água do Sistema da Cantareira continuem registrando 50% abaixo da média e a captação se mantenha como está, é possível que o manancial seque nos próximos quatro meses.
Em Guarulhos, o Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto), que compra a maior parte da água consumida na cidade da Sabesp, não consegue garantir o fornecimento regular. Desde o ano passado, há o rodízio oficial em diversas regiões. Mas há anos, boa parte da população sofre com a falta do insumo. Como forma de estimular a economia, a autarquia municipal, a exemplo da Sabesp, promove descontos progressivos para os consumidores que economizam água.
Mas o que a população está fazendo para ajudar na economia da água? É certo que o quadro só poderá ser revertido a partir das chuvas, mas com pequenos gestos é possível economizar até que o período de chuvas recomecem e os sistemas Cantareira e Alto Tietê consigam se estabilizar.
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