O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, rebateu seus críticos nesta sexta-feira, afirmando que a União Europeia está a conduzir reformas “modernizadoras” e que não há consenso sobre nenhuma abordagem alternativa.
As críticas sobre o dirigente cresceram após a decisão do Reino Unido de deixar a UE, na semana passada. Autoridades e diplomatas de Bruxelas e de outras capitais passaram a criticar a falta de liderança do bloco e de esforços da Comissão Europeia de impor sua agenda sobre os Estados membros. Alguns chegaram inclusive a sugerir que ele renunciasse ao cargo.
“Todos dizem que precisamos de mais reformas, mas ninguém oferece alternativas ao que já está sendo feito”, disse em uma coletiva de imprensa ao lado do primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico.
O eslovaco é um dos que pediram por mudanças que devolvam aos Estados membros parte dos poderes concedidos à UE. Tais reformas poderiam corrigir as políticas “falhas” do passado.
“É preciso haver algum equilíbrio entre os Estados membros e as instituições europeias. Nenhum pode predominar”, disse.
Voltando ao assunto do Brexit, Juncker reiterou que Reino Unido não terá acesso libre ao mercado único europeu a não ser que concorde com o princípio de liberdade de movimento para trabalhadores europeus.
“Tive discussões o suficiente, antes e depois da votação, para entender que a maior questão é a da liberdade de circulação”, disse. “Eu não vou alterar isso, uma vez que esta é uma liberdade básica da UE.” Fonte: Dow Jones Newswires.