O prefeito do Rio de Janeiro e candidato à reeleição Marcelo Crivella (Republicanos) agradeceu o apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), mas disse que ele classificou o ex-prefeito do Rio e candidato à reeleição Eduardo Paes (DEM) como "bom gestor" por estar mal informado. Ele deu as declarações na manhã deste domingo (15), ao votar acompanhado pela mulher e pelo filho em uma escola da Barra da Tijuca (zona oeste do Rio).
"O apoio que o presidente me deu já foi muito grande. Ele entrou no primeiro turno, quando ia só pro segundo. Quando você é prefeito, governador, presidente, tem que governar com sua base, que quase sempre tem outros candidatos. O presidente teve uma coragem gigantesca, fico imensamente grato", afirmou, após sair da cabine de votação.
"(Bolsonaro) chamou (Paes) de bom gestor porque não tinha informação", disse o prefeito. "O Eduardo Paes foi delatado pela Andrade (Gutierrez), OAS, Odebrecht e Carioca Engenharia", disse, elencando construtoras. "Todas as empresas das Olimpíadas disseram que fraudaram as licitações. Eu estou pagando esses R$ 7 bilhões que ele deixou para mim (sic) pagar porque houve superfaturamento, sobrepreço. O secretário do Eduardo pegou 76 anos de cadeia. Bom gestor é quem escolhe secretário que não é preso, que não rouba", criticou Crivella.
O atual prefeito questionou as pesquisas, dizendo que "elas erraram pra caramba", e afirmou não estar preocupado com a projeção de derrota em um eventual segundo turno com Paes: "O segundo turno é uma nova eleição, e teremos o mesmo tempo na TV. Eu fui para o segundo turno com o (Luiz Fernando) Pezão (na eleição para governador, em 2014), em vantagem".