Em discurso representando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na cerimônia de entrega da comenda da Ordem do Mérito ao presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a ministra Cármen Lúcia desferiu elogios ao senador e disse que "ele falou quando muitos se calaram".
A ministra citou a escalada do extremismo político no Brasil, que culminou nos atos golpistas de 8 de janeiro, e elogiou Pacheco por ser "conciliador em tempos de conflito de toda ordem". Cármen disse que Pacheco "advogou a causa da democracia" ao defender a confiabilidade das urnas eletrônicas e garantir a realização de eleições limpas e transparentes. "Amigo da democracia", classificou.
"Não há de ter mais lugar no Brasil a descompostura no desempenho de funções públicas, e quem dá o tom de respeito estatal e físico em primeiro lugar é agente público", ressaltou. Ao ressaltar a defesa de Pacheco às instituições, Cármen disse que "a democracia não é inerte" e que a "República não permite omissão".
A ministra enfatizou as características "mineiras" do senador. "Pacheco caracteriza-se por ser um mineiro de trato fino, sereno e firme. Homem de poucas, mas assertivas e acertadas palavras, tem a rara qualidade que se recomeça a compor o Brasil, de saber ouvir", disse Cármen.
Ao retomar "conflitos instigados" no passado recente do País, Cármen Lúcia disse que "conflitos de ideias viraram mentiras destiladas, falsidades divulgadas, dúvidas insufladas sem qualquer embasamento que não a mera vontade". "Destruir quase sempre é fácil, construir exige talento."