Cidades

Culpa é do calor e da falta de chuvas

Verão, a estação mais quente do ano, é um período em que a região Sudeste do Brasil sofre com o grande volume de chuvas. No entanto, este 2014, além do final de 2013, vem sendo marcado pela falta de chuvas.

Dezembro teve o menor índice dos últimos 84 anos. Este mês, por sua vez,  terá uma média superior a qualquer outro janeiro.

Por enquanto, a média em São Paulo e cidades da região metropolitana, convivem com a média de 31,7 graus. É a maior temperatura desde 1943, quando tiveram início as medições do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). Ela está quatro graus acima da média histórica de janeiro, que é 27,6ºC, e também supera com certa folga a média de 30,9ºC registrada em 1956, a mais alta até então para o período.

Embalado pelos recordes, que incluem ainda os mais baixos níveis de umidade relativa do ar neste período, justamente pela ausência de chuvas, o Saae entra no embalo da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) para tentar se eximir de qualquer culpa. Na resposta pronta, alega: “o Sistema Cantareira está com o nível mais baixo dos últimos 10 anos. Segundo a companhia estadual, a falta de chuva em dezembro – o menor índice dos últimos 84 anos – agravou o problema, deixando o sistema com 23% da capacidade. Somados a esta situação, as altas temperaturas registradas nos últimos meses e, consequentemente, o aumento excessivo do consumo têm dificultado a distribuição de água em Guarulhos”

 

Atestado de incompetência

Após jogar a culpa em São Pedro, o Saae assume a própria incompetência. “Vale lembrar que o Saae compra por atacado da Sabesp cerca de 87% da água que distribui, por meio dos Sistemas Cantareira e Alto Tietê; os outros 13% de água correspondem à produção própria do Saae, por meio de poços profundos e das Estações de Tratamento de Água (ETAs) Tanque Grande e Cabuçu”.

Sem assumir que existe um rodízio implantado em Guarulhos, algo que a maior parte da população já sabe e sofre na própria pele, o Saae aponta que “tem realizado manobras no sistema de abastecimento, para distribuir de forma justa a água disponível. Mas, tendo em vista o quadro preocupante, a autarquia municipal pede a colaboração da população quanto ao uso racional da água”. 

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