Cidades

Cumbica é o bairro com maior número de homicídios em mulheres

Pimentas é o que registra mais casos de lesão corporal e maus-tratos

A Secretaria de Direitos Humanos (SDH) de Guarulhos lançou nesta terça-feira (20) a terceira edição do Relatório Analítico de Indicadores de Direitos Humanos, cujo tema é a Situação da Violência contra a Mulher no município. A publicação, que pode ser conferida AQUI, analisou os dados e indicadores mais atuais sobre o tema em âmbito municipal, estadual e nacional para contribuir com a formulação de políticas públicas direcionadas ao combate à violência contra mulher, assim como para que a sociedade civil possa conhecer e se mobilizar para modificar tal situação.

O documento mostra que os níveis de violência se intensificam de acordo com a etnia, orientação sexual e entre as deficientes ou em determinados bairros da cidade. Os perfis dos crimes cometidos contra as mulheres nos dez bairros mais violentos do município, por exemplo, são diferentes. Cumbica, polo industrial da cidade, apresentou o mais elevado registro de homicídios de mulheres. Por sua vez, no Pimentas foram observados mais casos de lesão corporal e maus-tratos. Esses dados são um norteador para que a Prefeitura passe a estudar a implantação de ações ou até mesmo de novos equipamentos municipais para auxiliar as mulheres dos bairros mais periféricos.

O secretário de Direitos Humanos, Abdo Mazloum, reitera que o relatório é de extrema importância na observação das necessidades do município. “Precisamos ter esses dados em mãos para sabermos onde investir em políticas públicas. Descobrimos em quais bairros a violência é mais recorrente, como ela acontece, para assim estudarmos como combatê-la. Proteger a mulher é proteger a vida”.

Ainda de acordo com a análise feita, um dos maiores problemas para a definição de diagnósticos é a subnotificação de casos, o que já acontecia antes da pandemia, mas que piorou por conta do isolamento. A mulher que convive com seu agressor tem maior dificuldade para conseguir denunciá-lo. Desse modo, o número de boletins de ocorrências ou de denúncias de violência contra a mulher, ou até mesmo a redução deles, pode ser enganoso nesse período. Além disso, dados específicos por cor, raça e orientação sexual, dentre outros, são escassos, o que prejudica a formulação de soluções para o problema.

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