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Cunha atribui problemas do País à omissão dos que se ausentam da política

Recebido aos gritos de “Cunha, guerreiro do povo brasileiro”, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse a cerca de 100 participantes de um encontro da juventude do Solidariedade, um de seus principais aliados na Casa, que os problemas enfrentados pelo País são fruto de omissão.

Cunha fez um rápido discurso em um hotel em Brasília, nesta quarta-feira, 2, ao lado do deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SP), presidente nacional do Solidariedade. Disse aos jovens que não se podia ter vergonha da política. “A gente sabe que a política tem os bons e os maus exemplos, tem as boas e más atitudes”, afirmou. Ele disse que a discussão política tem que ser feita “sempre através do debate, do exercício da divergência” porque “divergir não causa nenhum problema a ninguém”. “O que causa é a omissão. Todos os problemas que nós temos, na sua grande maioria, são por omissão”, afirmou Cunha, negando que tenha se referido à presidente Dilma Rousseff.

O presidente da Câmara disse que a omissão a que se referiu foi a dos que se ausentam da política, como, por exemplo, nas eleições presidenciais do ano passado. “Quando a gente assiste ao número daqueles que não votaram, não compareceram, se abstiveram ou anularam o voto, chega a quase 35 milhões de brasileiros”, afirmou. “A gente vê o quanto a omissão pode ter interferido no destino de tudo o que a gente faz na política.”

Para o presidente da Câmara, quem se omitiu “não pode cobrar resultado de quem quer que seja”. “Estes 35 milhões que ficaram em casa não podem ir para a rua se manifestar. Eles foram omissos”, disse Eduardo Cunha.

Ao deixar o hotel em cuja entrada havia um banner com uma foto sua e a frase “Câmara, Casa do trabalhador brasileiro”, Eduardo Cunha fez selfies com os participantes do encontro.

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