O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, minimizou o peso de uma possível alteração na meta de superávit fiscal, de 1,2% do PIB, mas reconheceu que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, vai ter dificuldade em cumpri-la. “Ele vai ter dificuldade para cumprir um superávit primário na forma que ele tá colocando, sem adiar pagamentos, porque a arrecadação está caindo e consequentemente aumenta a necessidade de mais receitas”, afirmou.
“Vai ser uma engenhosidade”, disse. Segundo Cunha, mesmo que Levy não cumpra a meta estipulada o mercado tende a compreender. “O mercado aceitará um superávit menor. O que o mercado quer ver é como o governo vai estar se comportando com as contas publicas no médio e longo prazo”, disse.
Mais cedo, Levy afirmou que é “um pouco precipitado” fazer alterações da meta fiscal deste ano agora. “É um pouco precipitado querer fazer qualquer movimento em relação a meta”, disse. Ao responder sobre o assunto, o ministro brincou e afirmou: “não adianta querer tirar o sofá da sala”.
Cunha disse ainda que o critério atual para calculo de superávit é equivocado. “Na verdade nós fazemos superávit com base de caixa e não de competência. Se fosse calculado com base em competência não teria discussão da chamada pedalada”, disse.