A cúpula do PT promoverá uma reunião de sua Executiva, na sexta-feira, 2, em São Paulo, após o julgamento do impeachment de Dilma Rousseff, para discutir como será feita a oposição ao presidente em exercício Michel Temer, em caso de ele ser efetivado no cargo. Além disso, nos dias 15 e 16 haverá encontro do Diretório Nacional. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará das duas reuniões.
“Se o golpe passar, no dia seguinte estaremos nas ruas, pedindo novas eleições”, disse o ex-ministro do Trabalho e da Previdência Miguel Rossetto. O comando petista foi contra a proposta de plebiscito, defendida por Dilma, para antecipar as eleições de 2018. Agora, porém, pode mudar de posição na tentativa de encurtar o mandato de Temer, se ele assumir a Presidência.
Desempenho
Em reunião com aliados, Dilma avaliou na terça-feira que não caiu em “pegadinhas” ao responder a perguntas de senadores, na segunda-feira, quando fez sua defesa no Senado. “Você foi muito bem, Dilminha”, comentou Lula. “O problema é que muitos não ouvem mais a defesa, não querem ver as provas. Às vezes, me sinto na Idade Média”, disse o advogado José Eduardo Cardozo.
A chamada narrativa do “golpe” foi e será repisada pela presidente afastada porque serve a vários propósitos: de defesa nos tribunais às eleições, passando pelo aceno à esquerda no Brasil e até mesmo no exterior. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.