O Custo Unitário Básico (CUB) da construção civil do Estado de São Paulo registrou alta de 1,21% em julho na comparação com junho, chegando ao patamar de R$ 1.292,18 por metro quadrado, de acordo com dados do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV). No acumulado do ano, o indicador teve alta 5,30%, enquanto nos últimos 12 meses houve uma expansão de 5,63%.
A alta de 1,21% na passagem de junho para julho representa uma desaceleração frente ao número registrado na passagem de maio para junho, quando o aumento atingiu 3,40%.
A alta do CUB no mês passado foi puxada pelos custos com mão de obra, que subiram 1,98%. Já os custos com materiais de construção caíram 0,08%, e as despesas administrativas cresceram 1,32%.
De acordo com o vice-presidente de Economia do Sinduscon-SP, Eduardo Zaidan, o avanço do indicador é reflexo do acordo salarial dos operários. Embora a data base do dissídio seja o mês de maio, neste ano a negociação se estendeu em junho e julho. Dentro da composição do indicador, os custos médios com mão de obra representaram 61,27% do total, enquanto materiais, 35,58% e despesas administrativas 3,16%.
Em julho, dez itens registraram alta maiores que a do IGP-M (0,18%). O destaque foi na unidade da alimentação em marmitex, 2,39%, seguido por fio cobre (0,66%) e a brita tipo 2 (0,65%).
Nas obras incluídas na desoneração da folha de pagamentos, o CUB teve alta de 1,15% em relação a junho, totalizando R$ 1.197,83 por metro quadrado. No acumulado do ano, a alta foi de 5,06%, enquanto em 12 meses, houve expansão de 5,42%.
O CUB é o índice oficial que reflete a variação dos custos mensais das construtoras para a utilização nos reajustes dos contratos de obras.