Economia

Custo da Dívida Pública Federal é o maior desde fevereiro de 2009

O custo da Dívida Pública Federal acumulou em 12 meses o maior patamar desde fevereiro de 2009, ao atingir 15,93% ao ano. De acordo com o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, José Franco, isso se deve principalmente a um efeito estatístico, já que sai da conta de 12 meses agosto de 2015, que foi o mês de vencimento baixo de títulos mais longos, e entra agosto de 2016, que é um mês de grande concentração de vencimento de títulos longos. De acordo com Franco, esse efeito tende a se dissipar até o fim do ano.

O coordenador acrescentou que o custo da dívida foi pressionado pela alta da inflação medida pelo IPCA e pelo aumento na taxa Selic, mas reforçou que o principal para o patamar recorde foi o efeito estatístico. “Não há expectativa de elevação contínua do custo da dívida pública”, afirmou.

Emissões

Franco reafirmou que o Brasil não tem necessidade de financiamento externo em 2015 e até meados de 2016. Para Franco, “a janela de oportunidade ideal não apareceu e o Tesouro não tem pressa”. Ele ressaltou que a Secretaria do Tesouro Nacional continua avaliando as possibilidades para emissões externas.

O coordenador-geral ressaltou que não realizar emissão externa não é uma sinalização negativa já que o Tesouro não tem necessidade de financiamento externo e isso é “ponto de segurança e não instabilidade”.

Enquanto avalia as possibilidades para emissões externas e, como o Brasil faz parte dos índices internacionais, Franco afirmou que os investidores interessados podem comprar no mercado secundário.

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