As famílias gastaram 0,52% a menos com Educação em março, o equivalente a um impacto negativo de 0,03 ponto porcentual na inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mês, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O grupo vinha de uma alta de 2,48% em fevereiro, período em que capta os reajustes das mensalidades escolares no início do ano letivo.
Em março, os cursos diversos tiveram alta de 0,69%, mas os cursos regulares caíram 0,79%, influenciados especialmente pela redução no custo do ensino superior (-1,75%).
O resultado do grupo Educação em março não foi homogêneo entre as áreas pesquisadas, ressaltou Pedro Kislanov, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE.
"Em alguns casos a gente não conseguiu pegar o preço em fevereiro, e conseguiu agora em março, e vice-versa", contou Kislanov. "A gente faz as coletas (sobre educação) em todas as áreas em fevereiro e março", acrescentou.
No mês de março, três dos nove grupos que integram o IPCA registraram deflação. Além de educação, houve recuos também em saúde e cuidados pessoais (-0,02%) e comunicação (-0,07%). Na direção oposta, os preços subiram em alimentação e bebidas (0,13%), habitação (0,81%), transportes (3,81%), artigos de residência (0,69%), vestuário (0,29%) e despesas pessoais (0,04%).
Todas as 16 áreas pesquisadas apresentaram altas de preços em março. O resultado mais brando foi o da região metropolitana do Recife (0,62%), enquanto a maior taxa ficou com Goiânia (1,46%).