Economia

Custo do cheque especial subiu 4,5% em outubro, diz BC

Depois de dois meses em queda, as taxas de juros para crédito com recursos livres voltaram a subir. Em outubro, atingiram o maior porcentual desde março de 2011, ficando em 32,8% ao ano. O movimento ocorreu no mesmo mês em que a Selic foi elevada de 11% ao ano para 11,25% mas, como a alta foi no fim do mês e não havia nenhuma sinalização de que viria um aperto monetário, as linhas de crédito podem subir ainda mais. Não houve tempo para as instituições financeiras absorverem a mudança e a perspectiva de continuidade de elevação. A Selic pode chegar a 12% ao ano em março, segundo o Boletim Focus, o que, se confirmado, terá impacto no custo dos empréstimos e financiamentos.

Em outubro, a taxa média de juros no crédito livre subiu de 31,9% ao ano em setembro para 32,8% ao ano em outubro, conforme informou há pouco o Banco Central. Para pessoa física, a taxa média de juros no crédito livre passou de 42,8% ao ano para 44% ao ano, no período, enquanto para a pessoa jurídica aumentou de 22,8% ao ano para 23,4%.

Cheque especial

Entre as principais linhas de crédito livre para a pessoa física, destaque para o cheque especial, cuja taxa subiu de 183,3% ao ano para 187,8% ao ano na mesma comparação – uma alta de 4,5 pontos porcentuais no mês. Em 12 meses, essa modalidade acumula alta de 43,9 pontos porcentuais. Para o crédito pessoal, a taxa subiu de 44,3% ao ano para 45,9% ao ano.

Para veículos, os juros caíram de 18,9% ao ano em agosto para 18,8% ao ano no mês passado no caso de pessoa jurídica. Já para pessoa física, o juro médio para aquisição de automóveis passou de 22,8% em agosto para 23% em outubro.

A taxa média de juros no crédito total, que inclui também as operações direcionadas, aumentou de 21% ao ano em setembro para 21,3% ao ano em outubro. O juro médio do crédito direcionado passou de 8,1% ao ano para 7,9% ao ano na mesma comparação.

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