“Todos os jogadores precisam receber um grande abraço, principalmente aquele pessoal da retaguarda. Parabéns, Portugal! Muito bonito o que fizeram na França. Seis horas da manhã, raiando o sol aqui na China. Maravilhoso dia. Portugal campeão da Eurocopa. Parabéns! Fernando Santos (técnico da seleção), maravilha. Fantástico! Cristiano Ronaldo foi um grande líder. Para ganhar hoje, alguém teve que chegar a uma final lá atrás, fazer um Mundial excelente, chegar a outra Euro. Se Portugal está hoje nessa posição é porque trilhou um caminho ao longo dos anos. Se havia um treinador português que merecia era mesmo o Fernando Santos, homem humilde, técnico da velha guarda, diferentemente dos moderninhos convencidos de hoje em dia”.
As declarações são de Luiz Felipe Scolari, o Felipão, ex-técnico da seleção portuguesa na Eurocopa de 2004, quando o país recebeu a competição da Uefa, chegou à final, mas perdeu para a Grécia por 1 a 0, no estádio da Luz, em Lisboa.
O treinador brasileiro, que hoje trabalha na China (no Guangzhou Evergrande), de onde mandou o recado ao jornal O Estado de S.Paulo, também dirigiu Portugal na Copa do Mundo de 2006, na Alemanha. Seu time foi eliminado nas semifinais para a mesma França, em gol de pênalti, de Zidane, que os portugueses questionam até hoje.
A ida de Felipão para Portugal aconteceu logo depois da conquista do penta com a seleção brasileira no Mundial de 2002, realizado em conjunto por Japão e Coreia do Sul. Ele ficou lá até 2008, quando saiu após a eliminação para a Alemanha nas quartas de final da Eurocopa realizada em conjunto por Áustria e Suíça.
Depois de passagens por clubes como Chelsea (Inglaterra), Bunyodkor (Usbequistão) e Palmeiras, Felipão voltou à seleção brasileira no final de 2012 no lugar de Mano Menezes. Conquistou o título da Copa das Confederações em 2013, mas fracassou na Copa do Mundo de 2014, em casa, com a goleada sofrida para a Alemanha por 7 a 1 na semifinal.