Estadão

Da posse de Lula para morte de Pelé: jornalistas de outros países mudam roteiro

Diversos veículos de comunicação do mundo todo estavam prontos para chegar ao Brasil para cobrir a posse presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, no domingo, 1º de janeiro, mas tudo mudou. Com a morte de Pelé, os jornalistas alteraram a rota para estarem em São Paulo e Santos e acompanharem os últimos momentos e o velório do Rei do Futebol.

"Eu entrei no avião ontem (quinta-feira) para vir ao Brasil e Pelé estava vivo. Pouco antes da decolagem eu fui informado do falecimento do Rei do Futebol e decidi mudar minha viagem. Meu roteiro era para fazer uma conexão em São Paulo e ir para Brasília, abri mão da última parte do voo. Era o Pelé. Preciso estar aqui para isso, ele era o Rei de todos nós", disse Ricardo Burgos da Televisa, do México.

Muitos jornalistas de diversos países e veículos como BBC, RAI, TV estatal do Chile e outros estão na porta do Hospital Albert Einstein para passar para parte do mundo como está o ambiente após a morte do Rei do Futebol. Juan Carlos, da TV estatal do Chile, tentou explicar o que Pelé representa para o seu país.

"Ele é um embaixador do Brasil. Por onde se anda sabe-se da grandiosidade de Pelé e como ele representa seu país e o continente como um todo. É um mito do esporte, um marco para todos estar aqui", afirmou.

HONRA
Um dos jornalistas mais novos presentes no Hospital Albert Einstein, Carlos Meneses, correspondente espanhol de diversos veículos de seu país, é direto ao falar sobre estar na cobertura da morte do Rei do Futebol.

"Estava me programando para ir para Brasília e tive que adiar minha viagem em um dia, pelo menos, por causa do Pelé. Sinceramente, estou honrado de estar aqui. Nunca tinha visto algo assim, é uma comoção aqui e lá na Espanha. Acho que só me lembro de algo parecido quando Ayrton Senna faleceu, mas por estar aqui vivendo isso, cobrir o Rei do Futebol está sendo definitivamente uma honra", afirmou.

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