Estadão

Dados mais recentes apontam para aceleração inflacionária, diz dirigente do Fed

Presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de St. Louis, James Bullard destacou nesta quinta-feira, 17, sua preocupação com a trajetória dos preços, o que tem feito com que ele defenda um aperto monetário mais rápido nos Estados Unidos. Durante evento da Universidade Columbia, ele destacou o fato de que os dados mais recentes de inflação continuam a vir acima do esperado e ela inclusive acelera, "não o contrário". Nesse contexto, o dirigente voltou a argumentar a favor de uma elevação de 1 ponto porcentual dos juros até 1º de julho.

"Atualmente, há inflação demais para os EUA", afirmou ele, que tem direito a voto nas decisões de política monetária neste ano.

Bullard notou que a meta de inflação do Fed está sendo superada "em mais de 300 pontos-base", no quadro inflacionário atual, e disse que o mercado pode estar "perdendo a fé" de que os preços irão desacelerar sem medidas do BC.

Após a alta defendida por ele, a partir de julho o Fed poderá avaliar se acelera ou retarda o ritmo do aperto, considerou, reforçando que o é preciso agir de modo "mais rápido e mais agressivo" nesse contexto inflacionário.

Bullard destacou que o país passa por uma melhora econômica rápida, após o auge do choque da pandemia, com expectativa de que o PIB avance neste ano acima do potencial e o mercado de trabalho se recuperando.

Ele mencionou que algumas análises apontam que a taxa de desemprego poderia recuar abaixo de 3% neste ano.

Segundo o dirigente, o aperto monetário em si não deve trazer risco de recessão para o país.

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