A Esplanada dos Ministérios viveu clima de comício eleitoral minutos antes do início do desfile cívico-militar nesta quarta-feira, 7. Apoiadores de candidatos ligados ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), no Distrito Federal aproveitaram a concentração de potenciais eleitores para distribuir santinhos e material de campanha.
A campanha da ex-ministra Damares Alves (Republicanos) na corrida por uma vaga no Senado pelo DF posicionou dezenas de militantes próximos à rodoviária de Brasília .
O local é estratégico, porque aborda apoiadores que acabam de chegar à Esplanada vindos das áreas residenciais.
Outros candidatos na disputa pelo cargo de senador também investiram no clima de comício, como a ex-ministra Flávia Arruda (PL), o petebista Marcelo Hipolito (PTB) e o candidato do PSD, Juscelino Kubitscheck, neto do ex-presidente homônimo.
A politização do desfile cívico-militar na data do Bicentenário da Independência fere determinações da Procuradoria da República no DF.
O Ministério Público instaurou um inquérito na última terça-feira, 6, para apurar eventual uso político-eleitoral das comemorações.
Os procuradores exigiram que o Poder Executivo adotasse medidas para evitar que as apresentações institucionais fossem "confundidos com atos de natureza político-partidárias".
Entre os manifestantes, porém, imperam mensagens de cunho antidemocrático, com pedido de "faxina" no Supremo Tribunal Federal (STF) e intervenção militar com Bolsonaro no Poder.
Os apoiadores do presidente investiram novamente em mensagens em inglês. Além dos ministros da Suprema Corte, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) integra o grupo de alvos preferenciais. Cartazes expõem mensagens de "Lula nunca mais" e "ladrão".