O autor Dan Brown, 200 milhões de livros vendidos em 56 línguas, é o maior best-seller nesta edição da Feira do Livro de Frankfurt. Ele está na Alemanha para o lançamento de “Origem”, o quinto da série protagonizada por Robert Langdon e que já está disponível nas livrarias brasileiras.
Este novo livro, situado na Espanha, fala, mais uma vez, sobre religião e, também de novo, mais um segredo sobre a humanidade corre risco. O simbologista de Harvard tem pouco tempo para salvá-lo.
Foi ouvindo uma música, contou ele nesta quinta-feira, 12, que começou a pensar em questões como “de onde viemos e para onde vamos”. Então, ele quis, com o livro, responder se Deus pode sobreviver à ciência. “Historicamente, nenhum Deus sobreviveu. O que será que vai acontecer em 100, 500, mil anos?”, questiona.
Neste volume, o autor criou personagens de religiões diferentes. “Há cristãos, muçulmanos, judeus… É importante que a gente entenda que nossas religiões são mais parecidas do que diferentes. A diferença vem quando aparece a linguagem e a comunicação”, ele disse.
Para o autor de “O Código Da Vinci”, o terrorismo não tem a ver com religião, mas, sim, com escassez e a injustiça social.
Ele também falou sobre o futuro e comentou que tende a ser otimista. “Temos toda a tecnologia para explodir o mundo e não o fizemos.” Para ele, o desenvolvimento da inteligência artificial pode transformar o conceito de divino. “Nós vamos começar a encontrar nossas experiências espirituais por meio da conexão com o outro. Nossa necessidade por um deus exterior, que nos julga, vai diminuir e, eventualmente, desaparecer.”
Brown, que revelou ser leitor apenas de livros de não ficção, disse não se preocupar com a crítica ou com prêmios. “Escrevo o livro que quero ler”.
No sábado, 14, à noite, ele volta à feira para um encontro com leitores.