Estadão

Dançarino atingido por telão em show fala pela primeira vez depois do acidente

O dançarino e coreógrafo do grupo Mirror, Lee Kai Yin, atingido por um telão de LED que despencou durante um show da boyband em julho, se pronunciou pela primeira vez após o acidente em Hong Kong, na China. O jovem de 27 anos está no hospital há cerca de 45 dias. Ele saiu do coma após uma série de cirurgias, tendo seu quadro revertido de crítico para sério .

"Aceitei que continuarei em tratamento no hospital por um longo tempo e irei aceitar o futuro com calma", desabafou o dançarino, por meio das redes sociais do pai, Derek Li. De acordo com o jornal <i>The Straits Times</i>, ele está paralisado do pescoço para baixo, após sofrer uma lesão entre a terceira e a quarta seção das vértebras cervicais.

Na mesma rede social, Derek Li pediu para que continuem orando por seu filho, já que ele "continua enfrentando desafios em sua busca pela recuperação".

As investigações sobre o acidente continuam. Em agosto, uma fonte do <i>South China Morning Post</i> revelou que os cabos de segurança eram de qualidade inferior à desejada e que haviam sido instalados de forma errada, além de averiguarem que o peso declarado do telão era menor que a metade de seu peso de verdade, de mais de 500kg.

<b>Relembre o caso</b>

Na noite de 28 de julho, um dos cinco telões despencou do teto e caiu sob o dançarino e coreógrafo do grupo Mirror, Lee Kai Yin, durante um show no Coliseu. Assim que houve o acidente, foi informado que dois integrantes do grupo se feriram e, ao menos, três pessoas ficaram machucadas na plateia.

No dia 1º de agosto, Lokman Yeung, líder do Mirror, falou pela primeira vez sobre o grave acidente. "Muito obrigado a todos aqueles que nos ajudaram, a empresa, colegas, colegas sêniores e colegas da indústria do entretenimento, não importa se nos conhecemos ou não. Eles tentaram o seu melhor e ficaram conosco. Nós estamos cuidando uns dos outros. Não se preocupem", disse ele, na época, de acordo com o <i>South China Morning Post</i>.

O produtor responsável pela turnê do grupo, Francis Lam Ho-yuen, pediu desculpas: "Peço desculpas às vítimas e às suas famílias, a todas as pessoas do público que testemunharam esse incidente, aos artistas e dançarinos perturbados por isso e a todos os parceiros com quem trabalhei. Essa performance foi um duro golpe para minha equipe e para mim. É de partir o coração".

A banda estava fazendo uma turnê de 12 shows, mas, segundo o<i> South China Morning Post</i>, os oito que restavam foram cancelados.

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