O dólar abriu em alta no mercado à vista nesta quarta-feira, 31, mas passou a cair em meio à disputa técnica da Ptax e a queda da moeda americana predominante no exterior em meio ao recuo dos juros dos Treasuries longos, que subiam levemente mais cedo. O ajuste ocorreu após os dados de criação de empregos no setor privado americano levemente abaixo do esperado. .
Os investidores estão atentos ainda a negociações no Congresso Nacional para corte de emendas parlamentares, a fim de evitar extrapolar o teto de gastos, uma vez que os sinais do governo são de que o presidente Jair Bolsonaro tende a sancionar o orçamento aprovado pelo parlamento sem vetos, segundo fontes.
A postura do novo comando das Forças Armadas será monitorada ainda, após tentativa frustrada de um deputado bolsonarista ontem de propor dar ao presidente poder "de guerra", enquanto Bolsonaro voltou a repudiar as medidas de isolamento social no dia mais letal da pandemia no Brasil.
Mais cedo, o Índice de Confiança Empresarial (ICE) recuou 5,6 pontos em março ante fevereiro, para 85,5 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado é o mais baixo desde julho de 2020.
Nos Estados Unidos, o setor privado criou 517 mil empregos em março, segundo pesquisa com ajustes sazonais divulgada hoje pela ADP. O número ficou levemente abaixo da expectativa de analistas consultados pelo <i>The Wall Street Journal</i>, que previam criação de 525 mil postos de trabalho neste mês. A ADP também revisou para cima sua estimativa de geração de empregos em fevereiro, de 117 mil para 176 mil.
Às 9h19 desta quarta, o dólar à vista caía 0,41%, a R$ 5,7380. O dólar para maio, que passa a concentrar a liquidez a partir de hoje, recuava 0,78%, a R$ 5,7415.