O dólar segue em alta no mercado à vista e, após bater na máxima a R$ 5,4692, o Banco Central (BC) anunciou uma injeção de liquidez de US$ 500 milhões via leilão de swap cambial. Ainda assim, o dólar apenas desacelerou a alta. Os investidores precificam possível corte agressivo da taxa Selic em maio e incertezas fiscais e políticas no Brasil.
Os ajustes ocorrem ainda em meio à espera de algum sinal do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre juros e câmbio nos eventos virtuais desta quinta-feira, 23, do Morgan Stanley (13h30) e da Fitch Ratings e equipe (15h), fechados à imprensa. Além disso, há expectativas pelos pedidos semanais de auxílio-desemprego nos Estados Unidos (9h30).
As ações do Congresso e do Supremo Tribunal Federal contrárias a propostas defendidas pelo governo Bolsonaro e a percepção de "fritura" do ministro da Economia, Paulo Guedes, apoiam a cautela, segundo operador de câmbio.
Às 9h19 desta quinta, o dólar à vista ganhava 0,31%, a R$ 5,4252. O dólar maio caía 0,68%, a R$ 5,4275, ajustando-se após ter fechado ontem a R$ 5,4640, bem acima da taxa à vista (R$ 5,4087).