Dólar à vista sobe após Bolsonaro, mas perde força com exterior e leilão no radar

O dólar à vista abriu a quarta-feira, 25, em alta e subiu até R$ 5,1088 (+0,53%) na máxima, sob efeito da repercussão negativa do pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro, na terça-feira à noite, mas agora ronda a estabilidade, com viés de alta, na esteira do enfraquecimento das bolsas europeias e dos futuros de Nova York.

A expectativa de leilões de linha de até US$ 3 bilhões no período da manhã ajuda ainda a limitar o avanço do dólar à vista. O dólar futuro de abril mostra leve queda.

Mais cedo, os índices acionários no exterior exibiram firmes ganhos, reagindo a um acordo fechado no Senado americano em torno de um pacote fiscal de cerca de US$ 2 trilhões proposto pelo governo dos EUA para amenizar o impacto econômico da pandemia de coronavírus. Mas podem estar realizando parte desses ganhos e também depois do rali de ontem, à espera agora da aprovação dos estímulos fiscais americanos.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) mostrou desaceleração para 0,02% em março, de 0,22% em fevereiro, ficando abaixo da mediana do mercado (0,07%).

O dado reforça a percepção de economia estagnada e apoia as apostas em novo corte da Selic, em maio. Se isso se confirmar, vai diminuir o diferencial de juro interno e externo e, por tabela, a atratividade do País aos investidores estrangeiros.

Às 9h51, o dólar à vista subia 0,03%, a R$ 5,0833. O dólar abril caía 0,33%, a R$ 5,0850, em meio a ajustes ante o fechamento mais alto que o do à vista ontem.

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