O dólar à vista está volátil e retoma a queda, após operar com viés de alta frente o real nos primeiros negócios desta quarta-feira. Ontem já havia caído 1,74%. A perda de força local acompanha o enfraquecimento do dólar ante alguns pares emergentes e ligados a commodities, como peso mexicano, e os investidores aguardam o avanço da pauta econômica e de reformas no Congresso.
Estão no radar global as negociações em torno do pacote fiscal dos EUA e a esperança é de um acordo meio-termo, entre a proposta dos Republicanos de cerca de US$ 600 bilhões em estímulos e a do presidente democrata, Joe Biden de US$ 1,9 trilhão.
Mais cedo, ajudou no viés de alta um ligeiro fortalecimento do índice DXY do dólar frente divisas principais em meio ao viés de baixa do Dow Jones Futuro em Nova York.
Em Brasília, os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), fizeram pronunciamento conjunto e devem levar ao presidente Jair Bolsonaro um documento com intenções do Congresso Nacional, nesta manhã. Trata-se de uma agenda mínima de consenso entre as duas Casas legislativas, como a aprovação de reformas econômicas e a vacinação contra a covid-19. Ambos também vão conversar hoje sobre o cronograma para instalação da Comissão Mista de Orçamento (CMO) e votação do projeto no plenário. Pacheco quer aprovar a proposta até março no Senado.
No radar também está a notícia de que a comissão mista de reforma tributária da Câmara e do Senado pode "morrer" sem a apresentação do relatório final. O colegiado, formado no ano passado para construir um texto de convergência das propostas de reforma de simplificação no pagamento de impostos que tramitam nas duas Casas, tem prazo de funcionamento até 31 de março. Se a comissão mista acabar, o cenário mais provável é que as duas PECs (a 45 da Câmara e a 110 do Senado) sejam discutidas paralelamente, o que é visto pelos defensores da comissão mista como uma volta à estaca zero.
Às 9h49, o dólar à vista caía 0,28%, a R$ 5,3397, após subir até R$ 5,3787. O dólar futuro para março recuava 0,53%, a R$ 5,3420, ante máxima em alta a R$ 5,3810.