Dólar cai em meio a apetite global por risco antes de payroll dos EUA

O dólar retoma a queda ante o real, após ter subido na quinta-feira, alinhado à desvalorização frente outras divisas emergentes ligadas a commodities no exterior em meio ao apetite por ativos de risco. No radar dos investidores está o relatório de emprego (payroll) dos EUA em maio.

O otimismo, por enquanto, se apoia na notícia de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados, grupo conhecido como Opep+, concordou em estender o corte na oferta de petróleo até fim de julho, além da reabertura das economias em diversos países, após o choque do novo coronavírus. As bolsas sobem e o petróleo ganha mais de 3% em NY e Londres.

Mais cedo, a alta do IGP-DI de maio acima do teto das projeções do mercado ficou em segundo plano. O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) acelerou a alta a 1,07% em maio, após avanço de 0,05% em abril, acima do teto de 0,94% das previsões da pesquisa feita pelo Projeções Broadcast. O piso das estimativas era de 0,27%, com mediana de 0,62%.

Já o Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1) caiu 0,30% em maio, após a alta de 0,04% registrada em abril. O indicador é usado para mensurar o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos..

Mais tarde, as atenções se voltam também para o diretor de Política Econômica do Banco Central, Fabio Kanczuk, em painel da XP Investimentos às 10 horas, após ele ter indicado esta semana que a Selic poderia ficar abaixo de 2,25%. A expectativa com o fim de semana, com possibilidade de mais atos contra o presidente Jair Bolsonaro no domingo, pode ser um fator limitador do bom humor nesta sexta-feira.

Às 9h27, o dólar à vista caía 1,40%, a R$ 5,0586. O dólar futuro para julho recuava a R$ 5,0635 (-1,21%).

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