Dólar está volátil após queda de 1,83% em maio

O dólar está volátil e voltava a cair na manhã desta segunda-feira, após subir de forma pontual. Os investidores ajustam posições depois da queda do dólar ante o real de 1,83% em maio. A queda precifica a determinação da China de suspender importações agrícolas dos Estados Unidos, incluindo soja, o que representa uma ameaça ao acordo comercial sino-americano firmado em janeiro.

Profissionais de câmbio afirmam que a decisão chinesa pode beneficiar as exportações brasileiras da commodity, gerando perspectivas de possível aumento de fluxo comercial para o Brasil. Há expectativas de possível reação dos EUA.

Os investidores seguem monitorando ainda a subida de tom da crise político-institucional brasileira. Neste domingo houve protestos contra o governo Bolsonaro e a favor da democracia pela primeira vez em São Paulo, neste momento de pandemia do covid-19. Além disso, está no radar a aposta majoritária de corte de 75 pontos-base da taxa Selic neste mês. Hoje, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participa de videoconferência da Comissão Mista do Congresso, que discute os impactos do covid-19 (11h).

ÀS 9h37 desta segunda, o dólar à vista caía 0,23%, a R$ 5,3403. O dólar para julho cedia 0,29%, a R$ 5,3330.

Mais cedo, o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) recuou 0,54% em maio, de -0,18% em abril. Na pesquisa Focus, as projeções para o PIB de 2020 passaram de -5,89% para -6,25%. A mediana das estimativas para IPCA deste ano passou de 1,57% para 1,55%, enquanto para Selic seguiu estável em 2,25% ao ano.

Já o Índice de Confiança Empresarial (ICE) subiu 9,8 pontos em maio ante abril, para 65,5 pontos. O resultado representa uma recuperação de 24,0% da perda acumulada nos meses de março e abril.

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