O dólar segue volátil nesta sexta-feira, dia 3. Passou a cair pouco antes das 9h30, após iniciar a sessão em alta, acompanhando a valorização da moeda americana ante os pares emergentes do real no exterior em meio a uma liquidez mais fraca e a cautela na Europa. Muitos players de comércio exterior ficam fora dos negócios, segundo operadores, por causa do feriado nos Estados Unidos, que deixa os mercados americanos fechados nesta sexta.
Os dados positivos de atividade no setor de serviços na Europa, China e Japão foram bem recebidos e beneficiam as divisas ligadas a commodities em meio à queda do petróleo e de metais básicos, como o cobre, disse um operador. Contudo, persiste um pano de fundo de cautela e as bolsas europeias operam em baixa nesta manhã, por causa de preocupações com a recuperação da economia diante do aumento dos casos de coronavírus em várias regiões norte-americanas e do acirramento das tensões entre EUA e China.
Os investidores olham a renúncia do primeiro-ministro da França Édouard Philippe, que já foi substituído por Jean Castex, e estão na expectativa sobre o que Donald Trump pode falar sobre a China nos eventos da independência dos EUA. Além disso, Trump tende a sancionar um projeto de lei aprovado pelo Senado, ontem, que prevê sanções a autoridades, empresas e bancos chineses envolvidos na aplicação da nova legislação de segurança nacional para Hong Kong. A China já prometeu reagir, se o projeto americano for sancionado.
No radar local está a fala de Fabio Kanczuk, diretor de Política Econômica do Banco Central, em evento, a partir das 10h.
Às 9h29 desta sexta, o dólar à vista caía 0,05%, a R$ 5,3430, após oscilar da máxima a R$ 5,3805 à mínima, em R$ 5,3405. O dólar futuro para agosto recuava 0,27%, a R$ 5,3525, após oscilar de R$ 5,3405 a R$ 5,3805.