Após abrir com viés de alta de olho na valorização de algumas divisas emergentes na manhã desta quinta-feira, 22, como peso mexicano, o dólar à vista passou a cair, com ajustes à queda da moeda americana ontem em meio aos sinais mistos dos retornos dos Treasuries durante o feriado no Brasil.
Os investidores precificam também as expectativas de sanção presidencial do Orçamento deste ano, após a publicação ontem no <i>Diário Oficial da União</i> da lei que vai destravar o lançamento de programas emergenciais de combate à covid-19 e tirar os gastos nessas ações – estimados em pelo menos R$ 125 bilhões – da contabilidade da meta fiscal de 2021, que permite rombo de até R$ 247,1 bilhões.
No exterior, o euro sobe levemente após o Banco Central Europeu (BCE) anunciar manutenção de juros, como se previa, mas prometeu continuar comprando bônus em ritmo "significativamente" mais rápido do que no começo do ano. As principais taxas de juros do BCE, a de refinanciamento e a de depósitos, permaneceram em 0% e -0,50%, respectivamente.
Além disso, o BCE manteve o volume de seu Programa de Compras de Emergência na Pandemia (PEPP, na sigla em inglês) em 1,85 trilhão de euros. Segundo o BCE, o PEPP poderá ser "recalibrado", se necessário, mas talvez não seja utilizado integralmente se as condições de financiamento forem favoráveis. e do programa de compra de ativos, que deve perdurar até "pelo menos" março de 2022.
A liquidez é bem reduzida ainda, em dia de agenda local mais fraca. As atenções, agora, ficam na entrevista da presidente do BCE, Christine Lagarde, além dos pedidos semanais de auxílio-desemprego nos Estados Unidos, ambos às 9h30. Às 9h23 desta quinta, o dólar à vista caía 0,58%, a R$ 5,5193. O dólar futuro para maio recuava 0,86%, a R$ 5,5215.