O dólar opera em forte alta nesta quarta-feira, 28, seguindo a tendência externa em meio à aversão a risco e diante da cautela com ruídos políticos e riscos fiscal e inflacionário no Brasil. No radar está o Copom, que tende a anunciar no fim da tarde a manutenção da Selic em 2% ao ano, mas pode mudar o seu comunicado por causa das complicações no cenário local e externo. Com a moeda americana rondando os R$ 5,76 por volta das 9h30, o Banco Central fica no radar diante da liquidez estreita.
No câmbio, já podem estar pesando também interesses técnicos ligados a rolagens de contratos cambiais às vésperas da definição da última Ptax de outubro, nesta sexta-feira.
O Banco Central informou mais cedo que os dados semanais do fluxo cambial serão divulgados nesta quarta-feira, às 14h30, como de costume, após o governo federal transferir o ponto facultativo pelo Dia do Servidor Público, comemorado hoje, para sexta-feira (30).
No exterior, o avanço da covid-19 nos Estados Unidos e na Europa e as incertezas eleitorais em ambiente sem perspectiva de novos estímulos americanos nos curto prazo minam as perspectivas de retomada econômica. As bolsas tombam, enquanto o dólar sobe e os juros dos Treasuries recuam de forma generalizada com a busca por segurança pelos investidores.
Às 9h36, o dólar à vista subia 1,42%, a R$ 5,7635. O dólar futuro de novembro tinha alta de 1,02%, a R$ 5,7650.