O dólar segue em alta em meio à cautela global com o avanço do coronavírus e antes do dado de emprego (<i>payroll</i>) dos Estados Unidos. No mercado local, previsões de queda do Produto Interno Bruto (PIB) de 5% em 2020 e a piora do ambiente político, após o presidente Jair Bolsonaro voltar a criticar governadores e o ministro da Saúde, pesa também no humor.
Bolsonaro disse na quinta-feira que ele e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, não estão se "bicando" há algum tempo, que nenhum ministro seu é "indemissível", mas que não pretende demiti-lo "no meio da guerra".
O presidente (sem partido) ameaça reabrir o comércio com uma "canetada", se a partir da próxima semana "não começar a voltar o emprego", ou seja as atividades dos comerciantes.
Uma campanha em defesa do titular da Saúde subiu ao topo das menções na quinta no Twitter com a hashtag #somostodosMandetta, apoiada por diversos políticos.
Na agenda, às 10 horas, a votação da PEC do Orçamento de Guerra pela Câmara, o índice dos gerentes de compras (PMI) do setor de serviços e o composto do Brasil e novas operações compromissadas também estão ainda no radar dos investidores.
Às 9h18, o dólar à vista renovava máxima, a R$ 5,2802 (+0,27%). O dólar maio subia 0,28%, a R$ 5,2815, ante máxima registrada após a abertura em R$ 5,2910 (+0,46%).