Dólar sobe ante euro após decisão judicial contra BCE, mas cai ante emergente

O índice DXY, que mede a variação do dólar em relação a outras seis moedas fortes, foi impulsionado nesta terça-feira, 5, pela fraqueza do euro, após uma decisão judicial contra o Banco Central Europeu (BCE). No entanto, o otimismo com os processos de reabertura econômica em alguns países, depois de semanas de quarentena para conter o avanço do coronavírus, além da alta no petróleo, beneficiou divisas emergentes e ligadas a commodities.

No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 106,51 ienes, enquanto o euro recuava a US$ 1,0849 e a libra cedia a US$ 1,2439. O índice DXY, que mede a variação da divisa americana ante uma cesta de seis rivais, registrou alta de 0,23%, a 99,709 pontos.

"O euro, ao registrar seu pior dia em um mês, deu um amplo impulso ao dólar", comenta o analista de mercado Joe Manimbo, do banco americano Western Union. A fraqueza da moeda única foi resultado da decisão de um tribunal da Alemanha que considerou parcialmente inconstitucional o programa de compra de ativos do BCE.

"O euro recuou à medida que a decisão do tribunal alimentou incertezas sobre a política do BCE e sugeriu limites para o que o banco central pode fazer para impulsionar a expansão da economia do bloco", diz Manimbo.

Em nota divulgada nesta tarde, a autoridade monetária europeia disse que foi informada da decisão e que seguirá comprometida a fazer o necessário para que a inflação atinja a meta, sem especificar se vai ou não recorrer.

Ante divisas emergentes e ligadas a commodities, a moeda americana caía a 73,890 rublos russos, a 18,5198 rands sul-africanos, a 24,0486 pesos mexicanos e a 66,9675 pesos argentinos, no final da tarde em Nova York. As moedas da Rússia e do México, em específico, foram beneficiadas pela alta do petróleo, em meio à perspectiva de retorno na demanda da commodity com os processos de reabertura econômica.

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