O dólar se fortaleceu na comparação com rivais e emergentes nesta segunda-feira, 20, em um cenário de aversão ao risco provocada pelas incertezas quanto ao impacto econômico do coronavírus na economia, além das disfunções no mercado de petróleo.
No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 107,71 ienes, enquanto o euro caia a US$ 1,0861 e a libra cedia a US$ 1,2436. O índice DXY, que mede a variação da divisa americana frente a uma cesta de seis rivais fortes, avançou 0,19%, a 99,975 pontos.
"O dólar está consolidando os ganhos recentes", avalia o BBH, que projeta que o movimento ascendente deve continuar em curto prazo, enquanto "dados econômicos ruins e preços de petróleo mais baixo pressionam o sentimento do mercado".
Hoje, a cautela predominou durante todo o dia, com a vertiginosa queda nas cotações de petróleo. O WTI para maio, que vence amanhã, encerrou a sessão cotado a menos de US$ 0, uma situação inédita na história, enquanto o contrato com entrega para junho, o mais liquido, despencou mais de 18%. Na esteira disso, as bolsas em Nova York tiveram baixa e o índice DXY, que espécie de termômetro do medo em Wall Street, saltou 14,89%, a 43,83 pontos.
O noticiário prejudicou as moedas expostas à variação da commodity. O dólar teve alta a 1,4127 dólares canadenses, a 24,1020 pesos mexicanos e a 73,904 rublos russos. "Ações em queda e preços de petróleo desabando forneceram um pano de fundo positivo para o dólar no início da semana", explica o analista Joe Manimbo, do Western Union.
Em relação à moeda da Argentina, a divisa americana saltou a 65,9420 pesos argentinos, após vários credores privados recusarem a proposta do governo para reestruturação da dívida. "A proposta como está não é atrativa para investidores", avalia o Citigroup.
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