O dólar opera em alta na manhã desta sexta-feira à reboque da elevação leve dos juros dos Treasuries e da moeda americana em meio a quedas das bolsas no exterior. O ajuste de alta da moeda americana também responde à pressão de investidores "comprados " em contratos cambiais, que tentam minimizar perdas, após queda de quase 5% do dólar no mês, que beneficia os "vendidos" em dólar (defendem a queda das cotações).
No exterior, as moedas europeias recuam frente a divisa dos EUA após os dados mistos de PIBs no bloco econômico e balanços de grandes empresas e bancos e com investidores à espera de indicadores e de resultados trimestrais de empresas petrolíferas norte-americanas.
Mais cedo, os dados de renda pessoal, gastos com consumo e PCE dos Estados Unidos em março vieram melhores que o esperado. No radar ficam, agora, o PMI industrial dos EUA de abril, às 10h45; e o índice de sentimento do consumidor, às 11h.
No setor de petróleo, o balanço da americana Chevron veio pior que o esperado, enquanto o da ExxonMobil superou as expectativas dos analistas. O petróleo está recuando mais de 2%. O minério de ferro também fechou em baixa hoje, de 1,44%, a US$ 188,85 a tonelada no porto de Qingdao, na China, em meio a continuidade das restrições à produção de aço estipuladas pelo governo chinês. O recuo das commodities ajudam ainda a impulsionar a moeda americana.
No mercado local, a taxa de desemprego foi monitorada, mas fica em segundo plano pela percepção de que não deve alterar as apostas para Selic, de alta de 75 pontos-base, para 3,50% ao ano, na semana que vem, de acordo com analistas. Pela manhã, sai o resultado do setor público consolidado de março (9h30). À tarde, o foco estará no leilão da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), que será realizado na B3 (14h) e poderá atrair investidores estrangeiros.
Às 9h28 desta sexta, o dólar á vista subia 0,24%, a R$ 5,3495. O dólar para junho, mais negociado a partir de hoje, ganhava 0,27%, a 5,3615.