O dólar se mantém em alta no mercado doméstico, após subir 1,25% na sexta-feira, 26, e acumular ganho de 4,67%4 na última semana. O ajuste para cima reflete um dólar forte ante divisas emergentes e ligadas a commodities no exterior e fatores locais. A queda dos juros dos Treasuries ajuda apoiar a valorização da divisa dos EUA em meio a temores de quebra de bancos, que minam os futuros de Nova York.
Entre os temores estão o desconforto com a crise sanitária causada pela covid-19 e a demora do governo federal em adotar medidas de combate à pandemia, aumento da pressão pela demissão do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, por sua má gestão diplomática, sobretudo em relação à pandemia, e a cautela com a questão fiscal, após aprovação do Orçamento de 2021 com manobras contábeis, que podem extrapolar o teto de gastos, afirmam operadores do mercado.
A Instituição Fiscal Independente (IFI) calcula que o teto de gastos permitiria despesa discricionária no Orçamento de até R$ 107,2 bi em 2021, mas está em R$ 139,1 bilhões.
Às 9h40 desta segunda-feira, 29, o dólar à vista subia 0,65%, a R$ 5,7790. O dólar futuro de abril ganhava 0,34%, a R$ 5,7785.